Dívidas: não faça isso

Dívidas

Uma corrente à qual você fica preso: para uma boa metáfora para as dívidas. Lembro de um colega de trabalho que dizia ser organizado, mas se endividou, viu a dívida crescer e daí pensou: “dane-se, já que eu estou endividado mesmo, um pouco a mais não faz diferença”. O pior é que faz, faz muita diferença. As dívidas crescem como uma bola de neve e logo menos o indivíduo está enterrado até o pescoço.

Dívidas: por que não fazê-las

As dívidas, assim como os investimentos, trabalham com o conceito de juros compostos. Os juros são uma maravilha quando funcionam nos seus investimentos, mas terríveis quando estão contra você em uma dívida. Somados ao tempo, os juros compostos geram um crescimento absurdo no valor da dívida. Resultado: dinheiro jogado fora pagando juros para terceiros.

As dívidas acabam empobrecendo os devedores, que pagam juros em troca de nada. Os juros costumam ser uma punição por um planejamento financeiro incorreto ou um gasto além das possibilidades financeiras. Assim, a pessoa se endivida.

Uma das formas mais comuns de endividamento é o uso de limite de conta corrente. Péssimo, pois os juros são altíssimos. Outra forma bem comum é exagerar no cartão de crédito e pagar o mínimo da fatura: os juros sobre o valor não pago são super altos.

O empréstimo no banco, o carro financiado, o financiamento da casa própria são todos instrumentos de endividamento. Você compra um carro, mas paga por dois carros. Você compra uma casa, mas paga por três casas. É dinheiro literalmente jogado fora e esse tipo de dívida só deve ser feito em caso de extrema necessidade. Na verdade, deve ser evitado, sempre que possível, porque o custo financeiro é enorme.

Tenho dívidas

“Ok, mas eu já fiz dívidas, e agora?”

Bem, se há dívidas, só há uma coisa a fazer: focar em pagá-las. Busque o banco para ver se é possível renegociar a dívida, pois nessa você pode pagar muito menos do que o valor cobrado, ainda mais se é uma dívida que já está em atraso e se transformou em um montante muito grande. Tome cuidado especial com financiamentos, pois enquanto eles não estão quitados o bem está em nome do banco e pode ser tomado.

Assim, foque todos os seus esforços e rendimentos em quitar suas dívidas. Pagá-las vai matar os juros que estão correndo contra você e a partir daí você já dará um passo imenso em direção à liberdade e à tranquilidade financeira. Enquanto há dívidas, há um problema que precisa ser resolvido para dar os próximos passos nas suas finanças pessoais.

Investir com dívidas?

E isso nos leva ao próximo ponto: vale a pena investir com dívidas? A resposta é não, não vale a pena. Isso porque você está tentando ganhar de um lado (investimentos), mas os juros estão corroendo suas finanças do outro (dívidas). Normalmente, os juros da dívida são maiores, muitas vezes bem maiores, que os retornos obtidos nos investimentos.

Assim, compensa mais quitar primeiro os débitos e só depois investir.

Pessoalmente eu já errei nisso. Tinha dívidas, comecei a investir com elas e demorei a aceitar o fato de que o correto a se fazer era focar na quitação do meu financiamento para só depois investir. Ao me conscientizar disso, resgatei meus investimentos e coloquei todo meu foco na quitação dos meus débitos, para só depois investir.

A única exceção aqui é a reserva de emergência: ela é prioridade dentro da sua organização financeira pessoal, pois ela permite ter tranquilidade para lidar com imprevistos. Então forme sua reserva de emergência e, a partir daí, foque todo seu esforço financeiro na quitação das suas dívidas, para só depois investir com tranquilidade.

Aproveita pra dar uma olhada no vídeo que fizemos sobre o assunto:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *