Juros compostos, um dos conceitos básicos de matemática financeira e um conceito essencial nos investimentos. Sabe do que se trata? Vamos conversar um pouco sobre eles, começando pelos juros simples.
Juros simples
Os juros simples são aqueles que primeiro aprendemos na escola. Suponha que Maria tem 100 reais e que estes 100 reais rendem 1% ao mês na modalidade de juros simples. Na prática isso significa que ao final do primeiro mês ela terá 1% de rendimento em cima de 100 reais; no segundo mês, mais 1% de rendimento em cima de 100 reais; e assim por diante, da seguinte forma:
Capital inicial: 100 reais
- Primeiro mês: 101 reais
- Segundo mês: 102 reais
- Terceiro mês: 103 reais
Isso acontece porque nos juros simples o rendimento é aplicado sempre em cima do montante inicial, que é de 100 reais.
Mas não é isso que acontece na vida real.
Juros compostos
Na vida real, utilizamos os juros compostos, que rendem em cima do capital atualizado. O mesmo capital inicial de 100 reais, rendendo a juros compostos de 1%, teria o seguinte fluxo de acúmulo:
Capital inicial: 100 reais
- Primeiro mês: 101 reais
- Segundo mês: 102,01 reais
- Terceiro mês: 103,03 reais
Percebeu os centavinhos a mais? No primeiro mês tudo está igual: 101 reais. Mas a partir do segundo mês as coisas mudam, porque o rendimento de 1% incide sobre 101 reais, e não sobre 100 reais, como nos juros simples. No terceiro mês, o rendimento não é sobre os 100 reais originais, mas sim sobre os 102,01 reais.
Rendimento composto
O nome é juro composto porque ele rende sobre o capital inicial + os rendimentos anteriores. Na prática, o juro incide sobre o juro, ou seja, de forma composta. Felizmente, nos nossos investimentos, o rendimento segue a lógica de juros compostos. Infelizmente, nas dívidas o juro também é composto. É por isso que os investimentos, no longo prazo, aumentam de forma considerável, pois a taxa composta durante um longo período de tempo gera retornos inacreditáveis.
Dívidas e juros compostos
O mesmo acontece nas dívidas, infelizmente. É por isso que quando se financia uma casa por um longo período, você acaba pagando por três ou quatro imóveis, na prática. Os juros compostos no longo prazo fazem milagres, quando você investe, e enormes estragos, quando você se endivida.
Por isso, sempre que possível, evite dívidas. O juro composto gera o efeito bola de neve, para o bem e para o mal. Como os juros de dívidas são altos, ela cresce de forma absurda.
Use os juros compostos a seu favor, investindo. Com o tempo, você verá o efeito bola de neve agir a favor e não contra você!