Já ouviu o termo buy and hold? Quem investe em ações para o longo prazo costuma utilizar este termo, sobre o qual vamos conversar agora.
Buy and hold
O termo buy and hold vem do inglês e significa comprar e segurar. A ideia é que, ao adquirir ações de empresas sólidas e com bons fundamentos, você deve segurá-las, ficar com elas por um longo tempo, de modo a se beneficiar da evolução do negócio e do crescimento do capital investido ao longo dos anos.
O termo tem estrita ligação com o conceito de “holder”, que é o investidor de longo prazo.
Sugestão de leitura: O que é um holder?
Buy and hold parece fácil, mas não é
O conceito é extremamente simples. Entretanto, simples é diferente de fácil.
A ideia é de adquirir bons negócios, boas ações, com mentalidade de sócio. Você compra ações para mantê-las, carregá-las com você ao longo do tempo. Quando a Bolsa está subindo, é muito fácil: afinal, quem não gosta de ver seus investimentos crescerem? O problema é nas grandes quedas.
Aí é que fica difícil.
Quando vêm as crises e a Bolsa despenca 30, 40, 50%… é aí que o buy and hold é testado. A tendência é de que, no longo prazo, as cotações acompanhem os lucros da empresa. Ou seja, se a empresa é sólida e lucrativa, ela tende a dar bons retornos no longo prazo. Entretanto, no curto prazo, tudo pode acontecer. Isso porque o humor do mercado é afetado de diversas formas e os preços das ações vão pra cima e pra baixo.
No curto prazo tudo pode acontecer
Se você se deixar influenciar pelas variações de curto prazo, é muito possível que venda as suas ações justamente quando elas estão no fundo do poço. Meses depois você pode se dar conta que era só deixar elas quietinhas lá que os preços se recuperariam. E mais: as grandes quedas são oportunidades para continuar comprando boas ações. Afinal, se são empresas sólidas e lucrativas, por que não comprar?
Aliás, empresas sólidas e lucrativas são justamente aquelas que tendem a atravessar crises e a se manterem consistentes no longo prazo. Assim, não se engane: o buy and hold pode parecer fácil, mas é bem longe disso. Nas grandes quedas é necessário bastante resistência psicológica para não vender as ações com prejuízo, porque todos estão falando que o mundo vai acabar. No final, o mundo geralmente não acaba.
Diversificação
Para se proteger de si mesmo, evite colocar na Bolsa um capital muito alto, que vai tirar o seu sono. Desse modo, diversifique. É mais fácil você passar ileso pelas grandes quedas se você tiver 25% do seu capital em ações do que se você tiver 100% em ações.
Sugestão de leitura: A importância da diversificação
Assim, diversifique entre ativos e entre classes de ativos. Isso diminui o risco total da sua carteira de investimentos e te proporciona mais paz. Além de prover mais resiliência para você atravessar crises, sem vender suas ações justamente quando você deveria continuar comprando bons ativos.